Evento segue até 23 de julho, com entrada gratuita no Centro Cultural Povos da Amazônia

As apresentações da categoria Ouro do Festival Folclórico do Amazonas iniciaram na noite deste domingo (10/07) e seguem até dia 23 de julho, no Centro Cultural Povos da Amazônia (antiga Bola da Suframa, zona sul de Manaus). Em sua 64ª edição, o evento retorna ao formato presencial depois de dois anos suspenso devido à pandemia de Covid-19. A entrada é gratuita.
Na primeira noite, o festival contou com apresentações de cinco grupos folclóricos: Do Binha (ciranda), Pidá DJapá (cacetinho), Força Jovem (ciranda), Baniwa (cacetinho) e Maravilha (ciranda). Cada equipe teve 40 minutos para se apresentar.
O presidente do grupo ciranda Do Binha, Aldeir dos Santos, reforçou a perseverança da equipe para participar da festividade.
“Hoje nós voltamos depois de dois anos, com muita felicidade. É uma luta árdua, nós vamos seguir preparados, pensando em continuar muitos e muitos anos. Vamos mostrar garra, beleza, uma bela coreografia e vamos ser muito bem recebidos pelos torcedores”, afirmou o presidente, que esse ano se apresentou com o tema “Folguedos: Sagrado e Profano”, sobre diversas culturas do Brasil.
O festival conta, ao todo, com mais 65 apresentações, sendo 59 de grupos folclóricos e seis bois-bumbás (categorias Master A e B). Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, uma estrutura inédita foi montada para que os brincantes pudessem desenvolver suas apresentações.
“Aqui a gente montou uma estrutura que eles nunca viram, estão todos os grupos felizes com a possibilidade de retornar à casa tradicional, onde sempre aconteceu o festival e, acima de tudo, encontrar um local ambientado e preparado para que eles possam apresentar um grande espetáculo”, afirmou Muniz.
No ano passado, uma live exibindo os espetáculos dos grupos folclóricos foi realizada na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira. O evento foi uma mostra não competitiva, sem público, e os grupos tiveram equipes reduzidas em atendimento aos protocolos de saúde.
Profissional de marketing, a brincante Pamela Angel destacou a emoção de se reapresentar depois de dois anos parada e ainda cantou um trecho da apresentação do grupo.
“Passamos dois anos sem dançar, por conta da pandemia. Porém, esse ano, estamos voltando com tudo e é aquele frio na barriga. E eu quero deixar só um trecho da nossa música para todos vocês decorarem. ‘Quem foi que disse que ela não vinha dançar nesse festival? E ela vai chegar abrilhantando os olhos de todo mundo, e essa é a nossa ciranda do Binha’”, cantou a brincante, que era um dos itens de destaque do grupo.
O festival contempla danças folclóricas nas modalidades de dança regional, nacional, nordestina, internacional, garrote regional, tribo, quadrilha cômica, tradicional, de duelo e alternativa.
Do Careiro da Várzea (a 25 quilômetros da capital), o grupo cacetinho Pidá DJapá levou uma apresentação multicultural. Com homenagem ao cantor Arlindo Júnior, o grupo foi o segundo a se apresentar na arena do festival.
O presidente Jamis Paixão afirmou que o público presente poderia esperar belas apresentações e muito conhecimento.
“Nós vamos demonstrar todas as culturas, estadual, regional, nacional e internacional também. Apreciem, porque isso é cultura, é ensinamento, para as pequenas pessoas, para as grandes pessoas, aprecie todas as noites para vocês terem mais um conhecimento de que dança também é cultura”, explicou Paixão.
O festival conta, ainda, com a competição boi-bumbá, na categoria Master B, representada pelos bois Tira Prosa, Clamor de um Povo e Galante; e Master A, com os bois Brilhante, Corre Campo e Garanhão.