As defesas de 65 projetos de pesquisa tiveram início na terça-feira (05/08) até esta quinta-feira (07/08)

FOTO: Luís Mansueto/FCecon
A qualidade de vida de pacientes com câncer colorretal foi um dos assuntos das defesas finais da 14ª Jornada Científica do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic) – edição 2024-2025, da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). Ao todo, são 65 projetos de pesquisa com defesas entre terça (05/08) e esta quinta-feira (07/08).
As apresentações são realizadas no auditório Dr. João Batista Baldino, no 3º andar da unidade hospitalar, pela manhã e à tarde. Os projetos são financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), e abordam temas diversos na área oncológica, como qualidade de vida de pacientes com câncer colorretal, telemonitoramento, sexualidade em mulheres sobreviventes de câncer de mama, dentre outros.
Segundo a coordenadora do Paic/FCecon, Valquíria Martins, a edição 2024-2025 encerra com entusiasmo, diante dos números apresentados. Ela destacou que mais de 500 pessoas estiveram envolvidas nas ações, entre bolsistas, voluntários, pesquisadores e orientadores, o que demonstra o compromisso com a ciência, o aprendizado e o avanço do conhecimento científico.
“Os estudos realizados abordam questões relevantes para a prevenção, diagnóstico, tratamento e o cuidado de pacientes com câncer, contribuindo para o fortalecimento da pesquisa oncológica na Amazônia. A qualidade dos trabalhos apresentados reafirma o papel essencial da iniciação científica na formação de novos pesquisadores e na construção de soluções voltadas à realidade local”, pontuou a coordenadora.

FOTO: Luís Mansueto/FCecon
Qualidade de vida
Entre os trabalhos apresentados, está a pesquisa intitulada “Qualidade de vida após tratamento standard dos pacientes com câncer colorretal atendidos na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon)”, conduzida pela bolsista Louise Caroline Silva da Costa, sob a orientação da pesquisadora da FCecon, Júlia Mônica Benevides.
O estudo acompanhou 78 pacientes no início e após três meses de tratamento para caracterizar a qualidade de vida. Foi observado que os pacientes apresentavam uma média de 65 anos, a maioria era formada por mulheres (51,3%), nascidas no Amazonas (61,5%) e de cor parda (59%).
Saúde mental
Segundo Benevides, a pesquisa identificou que o câncer colorretal pode causar problemas psicológicos em decorrência da ideia de morte iminente, abandono de parceiros e da família, problemas financeiros, além de alterações na autoestima e autoimagem. Ela ressaltou que os resultados demonstram a importância da saúde emocional dos participantes durante o tratamento.
“A doença afeta a saúde mental dos pacientes diagnosticados com câncer colorretal, reduzindo diretamente a qualidade de vida e o aumento da mortalidade. Evidencia também possível dificuldade de adesão ao tratamento por causa de problemas financeiros”, frisou Benevides.