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Segurança

Amazonas lidera ranking de redução nacional com menor índice de feminicídio, aponta MJSP

Entre janeiro e agosto, estado registrou a menor taxa de feminicídio por 100 mil habitantes

Foto: Victor Levy/SSP-AM

“Hoje eu posso dizer que me sinto segura, porque sei que existem políticas de proteção e ações da polícia para evitar que outras mulheres passem pelo que eu passei”. A frase é de uma vítima de tentativa de feminicídio acolhida pelas Forças de Segurança do Amazonas. Este ano, a partir de ações coordenadas, o estado reduziu os casos de feminicídio, alcançando a menor taxa do país deste tipo de crime, (0,32), a cada 100 mil habitantes, conforme o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), entre janeiro e agosto deste ano, o Amazonas registrou 12 feminicídios, enquanto no mesmo período de 2024, foram contabilizados 19 crimes desse tipo. E a capital, apresentou queda ainda maior, saindo de 12 casos para 4.

“Esses números são resultados de um empenho de toda uma equipe que nós comandamos na Delegacia de Homicídios e, não só isso, mas a integração das nossas polícias é essencial, sempre atuamos em conjunto com a PMAM e outras delegacias. Além disso, temos apoio da SSP-AM em questões de tecnologias e informações de autores que resultaram nessa redução”, disse o delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha.

Foto: Victor Levy/SSP-AM

O delegado também ressaltou a atuação do Núcleo de Feminicídio (NFC), que trabalha de forma específica para dar respostas rápidas e eficazes à sociedade, garantindo a identificação e responsabilização dos autores.

“Nós temos esse núcleo que é específico para isso, e estamos dando a devida resposta que a sociedade amazonense merece. Isso é um crime com 100% de identificação e prisão dos suspeitos. Todos são devidamente responsabilizados na medida de suas condutas”, explicou.

Prevenção e apoio às vítimas de violência

Na Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM), da PC-AM, o acolhimento é a porta de entrada para garantir proteção e segurança às vítimas. Assim que chegam, são recebidas por investigadores preparados para ouvir e encaminhar cada caso, contando com suporte psicológico e medidas legais que asseguram seus direitos e sua integridade.

Foto: Victor Levy/SSP-AM

“A partir do momento que a vítima chega na delegacia, ela é acolhida e vai relatar o que aconteceu e que tipo de ajuda precisa. Caso seja necessária, a vítima vai ser encaminhada ao Sistema De Apoio Emergencial À Mulher (SAPEM) que é um atendimento psicológico, e a partir daí vamos adotar os procedimentos necessários”, explicou a delegada da DECCM da zona norte, Nathalia Oliveira.

Com um trabalho voltado para a prevenção e apoio direto às vítimas, a Ronda Maria da Penha (RMP) da PMAM, realiza visitas periódicas para as mulheres que já sofreram agressão, garantindo acompanhamento e sensação de segurança.

“Nós tivemos uma redução muito grande de feminicídio e, inclusive, nós sempre comemoramos entre as nossas acompanhadas, porque é zero feminicídio. A Ronda Maria da Penha trabalha com a fiscalização das medidas protetivas, nós vamos até essas acompanhadas, realizamos visitas periódicas e estamos sempre ali presentes, tanto presencialmente, por telefone, realizando visitas solidárias e vamos aonde essa mulher precisa”, disse a comandante da RMP, major Priscila Alencar.

Foto: Victor Levy/SSP-AM

Atendimentos às vítimas

Uma mulher, de 31 anos, vítima de tentativa de feminicídio, em maio de 2024, relatou sobre a agressão física que sofreu dentro do seu próprio apartamento. “A última agressão aconteceu quando ele tentou me matar por duas vezes, chegou a puxar a faca e também causar um acidente dentro do meu carro, foi ali que eu dei um basta e procurei por ajuda, mesmo com todo o medo que eu estava sentindo”, disse a vítima.

A mulher, que também é uma das acompanhadas da Ronda Maria da Penha, agradeceu todo o acolhimento e proteção realizado pelas Forças de Segurança.

“Eu vi de perto o trabalho das polícias no meu caso e todos eles foram superimportantes. Sou muito grata, não só por mim, mas por todas as mulheres que passam por isso. Eu pude acompanhar as equipes indo à luta para poder ajudar essas vítimas vulneráveis e, como uma pessoa que passou por isso, eu me sinto mais segura”, ressaltou.


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