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Segurança

PC-AM ultrapassa 12 mil medidas protetivas solicitadas e reforça atuação no combate à violência doméstica no Amazonas

O número supera os registros de 2024, ano em que foram solicitadas mais de 9 mil medidas protetivas

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) alcançou a marca de 12,3 mil medidas protetivas solicitadas em Manaus e no interior do Estado, reforçando a atuação da instituição na defesa das vítimas de violência doméstica e no rigoroso cumprimento da legislação. O número supera os registros de 2024, ano em que foram solicitadas mais de 9 mil medidas protetivas, evidenciando o fortalecimento das ações policiais, a ampliação do acesso à proteção legal e a resposta rápida da PC-AM diante das ocorrências.

Em 2025, a PC-AM contabilizou 20,1 mil Boletins de Ocorrência (BOs) relacionados à violência doméstica, tanto na capital quanto nos municípios do interior. Os números refletem não apenas a incidência dos casos, mas também a confiança da população nos canais formais de denúncia e no atendimento prestado pela Polícia Civil.

O delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, ressaltou que o avanço no número de medidas protetivas solicitadas pela é resultado do fortalecimento das ações policiais, da ampliação do acesso das vítimas aos mecanismos legais de proteção e da resposta rápida da instituição no combate à violência doméstica.

“Alcançar 12,3 mil medidas protetivas solicitadas em Manaus e no interior do Estado demonstra que a Polícia Civil está cada vez mais próxima das vítimas, atuando com rigor, sensibilidade e eficiência. Esse número, superior ao registrado em 2024, confirma nosso compromisso com a defesa da vida, a proteção das mulheres e o cumprimento da legislação”, destacou o delegado-geral.

FOTO: Erlon Rodrigues, Lyandra Peres e Beatriz Sampaio/PC-AM.

As medidas protetivas são instrumentos essenciais para a preservação da integridade física e psicológica das vítimas, podendo determinar, entre outras ações, o afastamento do agressor do lar, a proibição de contato e a restrição de aproximação.

Somente na capital, foram solicitadas cerca de 9,5 mil medidas protetivas, enquanto 13,8 mil boletins de ocorrência foram registrados nas Delegacias Especializadas em Crimes Contra a Mulher (DECCMs). A delegada Patrícia Leão, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) Centro-Sul, explica que a diferença entre os números é considerada natural e não indica falha no sistema de proteção às vítimas.

“Nem todas as vítimas que registram ocorrência sentem, naquele momento, a necessidade de solicitar a medida. Isso não significa um problema no sistema”, afirmou a delegada. Segundo ela, a mulher pode pedir a proteção em um momento posterior. “A medida protetiva é de livre e espontânea vontade. Quando ela se sentir preparada, pode solicitar”, completou.

FOTO: Erlon Rodrigues, Lyandra Peres e Beatriz Sampaio/PC-AM.

Para Patrícia Leão, o crescimento no número de pedidos de medidas protetivas é um indicativo positivo de maior confiança das mulheres no atendimento policial. “Com esse aumento nas solicitações, observamos que as mulheres estão confiando mais na Polícia Civil e no atendimento das Delegacias da Mulher”, destacou.

De acordo com a delegada, a ampliação da procura reflete diretamente as ações de acolhimento, orientação e o fortalecimento da rede de proteção às vítimas de violência doméstica.

“As medidas protetivas têm se mostrado eficazes na redução dos casos de feminicídio”, ressaltou. Em 2025, foram registrados oito casos, enquanto em 2024 o número chegou a 16 feminicídios consumados. “Das oito vítimas de 2025, apenas uma tinha medida protetiva, mas ela procurou o Poder Judiciário posteriormente e pediu a revogação”, informou.

Segundo a delegada, os dados comprovam a importância das medidas protetivas para salvar vidas e também são utilizados como ferramenta estratégica no planejamento das ações da delegacia. “Esses números nos ajudam a identificar padrões, perfis de risco, horários de maior demanda e os crimes mais recorrentes”, explicou.

As informações também servem de base para a formulação de políticas públicas e para o aprimoramento do atendimento às vítimas. “Cada número representa uma mulher real, uma vida. Por isso, esses dados orientam nossas ações no enfrentamento à violência contra a mulher”, concluiu.

Interior

O diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado Paulo Mavignier, destacou que os números refletem a atuação constante da Polícia Civil nos municípios. Segundo ele, 2,8 mil medidas protetivas foram solicitadas no interior, o que demonstra a prioridade dada à proteção das vítimas de violência doméstica.

FOTO: Erlon Rodrigues, Lyandra Peres e Beatriz Sampaio/PC-AM.

“Os dados estão diretamente ligados ao trabalho integrado entre as unidades policiais, o Poder Judiciário e a rede de proteção. A agilidade na solicitação das medidas protetivas é fundamental para interromper o ciclo de violência e garantir a segurança das vítimas”, disse o delegado.

Ele ressaltou ainda que o registro de 6,2 mil Boletins de Ocorrência (BOs) no interior do Estado evidencia a importância do fortalecimento das delegacias nos municípios e do acesso da população aos serviços da Polícia Civil.

“Cada BO registrado representa uma vítima que buscou ajuda e recebeu atendimento das nossas equipes. Esses números reforçam a importância da presença da Polícia Civil nos municípios e do fortalecimento das delegacias do interior, garantindo acolhimento, orientação e a adoção imediata das medidas legais necessárias para a proteção das mulheres”, falou o delegado.

Mavignier mencionou que o trabalho também é resultado do investimento do Governo do Estado, por meio da convocação de novos servidores, que tem ampliado a capacidade operacional da Polícia Civil, fortalecido o atendimento no interior e garantido respostas mais rápidas e eficazes à população.


Agência Amazonas de Notícias
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