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Saúde

Dia Nacional de Combate à Tuberculose: infectologista do HPS Platão Araújo alerta para a importância do diagnóstico precoce

Unidade da SES-AM atendeu, em média, 12 casos por mês no último trimestre, principalmente pacientes que não sabiam da doença ou com recaída

Foto: Jeany Costa / SES-AM e Antônio Lima /Secom

Dia 17 de novembro, próxima segunda-feira, foi instituído o Dia Nacional de Combate à Tuberculose, doença que afeta os pulmões e quando não tratada corretamente pode levar a complicações graves e até ao óbito. A data reforça a importância do diagnóstico precoce e do não abandono do tratamento, para evitar recaídas.

Segundo a médica infectologista e diretora clínica do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo, Michele Oliveira, a unidade, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), recebeu em média 12 casos de tuberculose, de agosto a outubro. A maioria dos pacientes não tinha conhecimento do diagnóstico, foi atendido na urgência, com alguma complicação, ou iniciou o tratamento e abandonou.

A infectologista ressalta que o abandono do tratamento é um dos principais problemas. “Em razão de repetidas interrupções, os pacientes que chegam no Platão Araújo acabam desenvolvendo resistência ao tratamento convencional, precisando recorrer a alternativas terapêuticas mais complexas, difíceis de aderir e de serem realizadas”, destaca.

Michele Oliveira alerta para os sintomas da tuberculose, como febre e tosse seca por mais de três semanas, perda de peso inexplicada ou contato próximo com alguém diagnosticado com a doença. “Nessas situações, é fundamental procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), para realizar exames, entre eles, o mais importante é o de escarro. Assim, se confirmado o diagnóstico, o tratamento é iniciado o mais breve possível, evitando complicações futuras”, explica.

Foto: Jeany Costa / SES-AM e Antônio Lima /Secom

De acordo com Michele Oliveira, a tuberculose é uma doença que, quando não tratada e quando há uma pneumopatia estabelecida, apresenta alta letalidade.

O Amazonas tem alta incidência de casos. Dados do painel epidemiológico da Fundação De Vigilância Em Saúde Do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) apontam que, de janeiro a novembro deste ano, foram diagnosticados 3.818 casos de tuberculose no Amazonas e 213 óbitos. “Alertar a população para o problema e garantir tratamento adequado aos pacientes é fundamental”, frisa.

A tuberculose é uma doença que pode afetar diversas partes do corpo e que se apresenta de diferentes formas – cutânea, pulmonar, extrapulmonar e visceral. No HPS Platão Araújo, a maior parte dos casos atendidos é de tuberculoses respiratórias, especialmente pulmonar e pleural. “Essa é uma doença que possui relação muito próxima com o HIV e, quando há o diagnóstico de uma, é essencial rastrear a outra, pois frequentemente caminham em conjunto”, disse.

A médica reforça que a melhor forma de prevenção é garantir que o paciente diagnosticado inicie o tratamento o mais precocemente possível. “Isso exige diagnóstico ágil na atenção básica e acompanhamento para assegurar a adesão completa ao tratamento, que é a maneira mais eficaz de evitar a disseminação da doença”, conclui.


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