Iniciado no dia 7 de outubro, Simpósio Científico entra na reta final após envolver alunos em projetos de pesquisas, visitas técnicas, palestras e minicursos

FOTO: Eduardo Cavalcante / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
A Escola Estadual Roderick Castelo Branco, localizada no bairro São José Operário, zona leste de Manaus, realizou, durante todo o mês de outubro, ações voltadas para o 2º Simpósio Científico da unidade de ensino. Envolvendo estudantes da 1ª à 3ª série do Ensino Médio, os trabalhos iniciaram no dia 7 de outubro e agora entram na reta final, encerrando as atividades no dia 6 de novembro.
Com o tema “Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente: Progresso é Ciência no Amazonas”, o simpósio tem como objetivo valorizar pesquisas e ações desenvolvidas por estudantes e professores que utilizam a ciência como instrumento de transformação social.
Apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Programa de Apoio à Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação (Pop Ct&I), os estudantes abordaram durante a atividade o eixo temático “Ciência que transforma realidades locais”, com cerca de 700 a 1 mil participantes ao longo de todo o mês.
A diretora da EE Roderick Castelo Branco, Roseane Mendonça, explicou que o simpósio oferece as ferramentas e conhecimentos sobre a pesquisa científica e a ciência como um todo. E destacou que os verdadeiros protagonistas são os estudantes que colocaram em prática tudo aquilo que eles aprenderam durante o mês.

FOTO: Eduardo Cavalcante / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
“Cada turma trouxe o seu projeto dentro das Ciências da Natureza, Ciências Humanas. Aquilo que o aluno tem para oferecer, que ele estudou, pesquisou e elaborou para acontecer”, explicou a diretora.
Idealizado pelo professor Cássio Oliveira, o simpósio contou com palestras sobre manejo florestal, a ciência nos meteoritos, visitas técnicas à estação de tratamento de água e esgoto do Amazonas, ao Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e minicursos com apresentação dos projetos desenvolvidos pelos alunos.
Ciência na prática
Os estudantes da EE Roderick participaram de atividades como palestras durante todo o mês. No dia 29 de outubro ocorreram visitas técnicas. Nesta quinta-feira (30/10), eles participaram de um minicurso de produção de sabão a partir de óleo vegetal usado e sobre uso e manuseio de microscópios óticos. Tudo voltado para levar a ciência aos alunos, como afirmou a professora de biologia e vice-coordenadora do projeto, Vilany Carneiro.
“Nós parabenizamos o projeto por conta dessa ponte, dessa importância que a pesquisa tem, não só dentro das universidades. Trazer a universidade e suas pesquisas para a escola do Ensino Médio é um ganho fenomenal, principalmente, porque a nossa escola tem um lema muito importante: Todos na universidade”, completou a professora.

FOTO: Eduardo Cavalcante / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
Uma das alunas participantes foi a estudante da 3ª série do Ensino Médio, Elize Brito, 18 anos. Com o sonho de cursar Química na universidade, a aluna explicou que seu projeto, envolvendo o desenvolvimento de placas solares com materiais de baixo custo, permitiu seu contato com essa área.
“Eu acredito que não são todos os alunos que têm a oportunidade de estar fazendo parte desse projeto. Então, que isso chegue a outras pessoas, que a gente explique e elas aprendam sobre isso, sintam vontade e se interessem pela Química, Física, entre outros ramos de Exatas”, disse a aluna.
Parceria nacional
O grande destaque do Simpósio foi a visita nacional das pesquisadoras Amanda Tosi, Diana Andrade e Maria Elizabeth Zucolotto, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no dia 23 de outubro.
Com o projeto “Meteoríticas pé na estrada”, as pesquisadoras levaram uma exposição de meteoritos para a unidade de ensino e apresentaram toda a geologia por trás dessas rochas espaciais.
“Nesse projeto a gente tenta desmistificar que a ciência é difícil, tocando nos meteoritos, que é uma parte da ciência eles conseguem vê-la, de forma prática. Então ver uma amplitude, uma área vasta dentro da ciência e estimular as crianças que eles podem ser cientistas no futuro”, explicou a pesquisadora Amanda Tosi.
A atividade se encerra no dia 6 de novembro com a visita dos estudantes ao Museu da Amazônia (Musa).