Palácio Rio Negro – FOTO: Michael Dantas

Exposições e visitas guiadas com direito a acompanhar trechos de ensaios dos Corpos Artísticos são destaques da programação gratuita oferecida pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, no mês de setembro.

No Centro Cultural Palácio da Justiça (avenida Eduardo Ribeiro, 901, Centro) estão quatro exposições. “Arquiteotonicas” reúne a vida e arte do artista plástico Otoni Mesquita em cidades imaginárias que compõem uma série de criações que datam dos anos 1970 e 1980.

Também está em cartaz uma homenagem ao arquiteto de obras icônicas no Amazonas, Severiano Mário Porto, com “Severiano 90 anos”. São 24 registros fotográficos e nove joias/conjuntos que contemplam os edifícios projetados por Severiano, como a sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), uma agência da Caixa Econômica Federal, o Fórum Henoch Reis, a Igreja de Cavaco, entre outras obras.

Participam da exposição os fotógrafos Selma Maia e Jorge Santos, e a designer e fotógrafa Iuçana Mouca, que idealizou o projeto, com curadoria da arquiteta Ana Lucia N. S. Abrahim.

Já as 40 obras da artista plástica Di Miranda estão na mostra “Cores em Movimento”, que tem curadoria de Jandr Reis e celebra os 15 anos de carreira artística de Débora Miranda de Andrade, amazonense, mas radicada no Reino Unido há 25 anos.

A exposição “Aquarelando Manaus” traz o projeto do artista plástico holandês Sebastiaan Klink, com 33 obras de sua autoria em técnica aquarela e curadoria de Ruth Jucá. Nessa série, Sebastiaan retrata a cidade de Manaus por meio das edificações históricas, praças, recantos, ruas, casas e ornamentos arquitetônicos que ressaltam sua beleza e contam sua história.

O espaço funciona de terça a sábado, das 9h às 15h, com agendamento pelo Portal da Cultura (www.cultura.am.gov.br). O roteiro de visitação turística inclui ainda o hall inferior e superior, gabinete de leitura, sala do desembargador, sala das becas, galeria dos ex-presidentes, gabinete do presidente, Museu do Crime, tribunal pleno e corredor do júri.

No Circuito do Largo de São Sebastião, o Teatro Amazonas tem visitação turística das 9h às 15h, de terça a sábado, assim como uma programação de espetáculos aberta ao público. Todas as atividades da casa funcionam no sistema de agendamento on-line, por conta da capacidade reduzida em prevenção à Covid-19.

Cada etapa da visita tem entre três e cinco minutos, com exceção do Salão de Espetáculos, com o tempo previsto de nove minutos, onde o público pode acompanhar trechos dos ensaios dos Corpos Artísticos do Estado, como Amazonas Filarmônica, Corpo de Dança do Amazonas e Amazonas Band. Entre os destaques do patrimônio histórico estão o Hall, Salão de Espetáculos, Saleta de Arquitetura e órgão eletrônico, maquete de lego do Teatro Amazonas, Salão Nobre e varanda frontal, sala de exposição e camarim de época.

Espetáculos – Na agenda de espetáculos tem Amazonas Filarmônica com repertório para um conjunto de metais no dia 17, às 20h; e a pré-estreia mundial do filme “O Cemitério das Almas Perdidas”, de Rodrigo Aragão, na programação da 10ª edição do festival CineFantasy, no dia 19, também às 20h, com classificação para 16 anos.

No dia 24, às 20h, a Amazonas Filarmônica apresenta “Quartetos de Mozart e Beethoven”; enquanto nos dias 26, às 20h, e 27 de setembro, às 19h, a Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA) e o Corpo de Dança do Amazonas (CDA) se unem para apresentar “Solatium”.

O espetáculo tem no repertório os “Divertimentos”, de Mozart, com a regência do maestro Marcelo de Jesus, e coreografia de Mário Nascimento, diretor do CDA.

No dia 29 de setembro, às 20h, a série de concertos comemorativos dos 20 anos da Amazonas Band continua, com repertório de obras de Jay Beckstein, Dave Hanson, Bob Mintzer, Edu Lobo e Torquato Neto, Stevie Wonder e Paquito D’Rivera.

Galeria do Largo – FOTO: Michael Dantas

Galeria – A Galeria do Largo está com sete mostras em cartaz: “Planos Íntimos”, de Sérgio Andrade; “Mitos, Medos e Mistérios”, de Eunuquis Aguiar; “Os Lambes de Todo Mundo – Festival Internacional de Lambe-Lambe”, de Eraquario; “Miopia – Impressão Manauara”, de Alonso Júnior; “Univercaos”, de Micael Santos, no Espaço Mediações; e “NÓX Sintomas e Processos”, com trabalhos dos artistas Adroaldo Pereira, Árvores do Asfalto, Bruno Kelly, Casa de Sananga, Darlan Guedes, Dermison Salgado, Fabiano Barros, Helen Rossy, Ítalo Alus, Jorge Liu, Thaizis, Romahs, Roosivelt Pinheiro e Odacy Oliveira, com curadoria de Cristovão Coutinho; além da exposição permanente “Cidade de Santa Anita”, de Mário Ypiranga Monteiro.

O equipamento funciona das 15h às 20h, de terça a domingo. Não é necessário agendamento prévio para o espaço; no entanto, as visitas são feitas com grupos de até dez pessoas, para atender aos protocolos de segurança.

Teatro da Instalação – FOTO: Michael Dantas

Teatro da Instalação – A casa de espetáculos – localizada na rua Frei José dos Inocentes, s/nº, Centro – vai receber, a partir deste domingo (13/09), a segunda edição do projeto “Domingo Autoral”, iniciativa do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. O primeiro show será da banda Johnny Jack Mesclado, às 19h. As vagas disponibilizadas para este evento já foram preenchidas.

Neste mês, a programação do “Domingo Autoral” conta ainda com o Grupo Gaponga no dia 27.

Nos dias 25 e 26, às 19h, o Balé Folclórico do Amazonas resgatará, no espetáculo “Dançando Nossos Compositores”, composições de artistas regionais que imprimem de forma lírica o sentimento, a audácia, o caráter e o temperamento do povo amazonense. Celdo Braga, Raízes Caboclas, Arnaldo Rebello e Marcos Sabino são alguns dos nomes que farão parte do repertório. É necessário agendamento pelo Portal da Cultura.

Palacete Provincial – FOTO: Michael Dantas

Museus e centros culturais – No Palacete Provincial, o roteiro começa pelo andar superior, no Museu de Numismática, seguindo pelos museus Tiradentes e de Arqueologia. No andar inferior, a visita segue pela Pinacoteca do Estado e finaliza pelo Museu da Imagem e do Som do Amazonas (Misam).

O Centro Cultural Palácio Rio Negro, construído em estilo eclético, em 1903, para ser residência particular do comerciante da borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz, é um dos prédios mais emblemáticos desse período, que marcou a economia do estado.

No local, que funcionou como sede do Governo e, em 3 de outubro de 1980, foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Amazonas, o público pode conferir a beleza arquitetônica e relevância histórica.

Já o Centro Cultural dos Povos da Amazônia (CCPA) é um espaço que visa valorizar, difundir e disseminar as informações geradas e produzidas sobre os países da Amazônia Continental, formada por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e a Guiana Francesa.

Faz parte das instalações do CCPA o Museu do Homem do Norte, com um acervo de 4.116 peças, no qual se destaca a Coleção Noel Nutels, médico sanitarista que se dedicou ao trabalho junto aos povos indígenas no Parque do Xingu. Também estão no museu acervos da Fundação Nacional do Índio (Funai), destacando-se máscaras indígenas para rituais, adornos, canoas, esteiras, fragmentos arqueológicos e cerâmicas com peças e artefatos variados.

Os espaços funcionam de terça a sábado, das 9h às 15h, com sistema de agendamento pelo Portal da Cultura.

O público pode visitar ainda o Museu Seringal Vila do Paraíso, localizado no Igarapé São João, na área rural de Manaus. O espaço, que foi criado para locações para as filmagens do longa-metragem “A Selva”, reproduz um seringal do final do século XIX e início do século XX, época do ciclo da borracha e período de grande ascensão econômica do Amazonas.

Nas visitas, que são guiadas, é possível conhecer desde o processo de produção de borracha até a diferença entre o modo de vida do seringueiro, que vivia em condições análogas à escravidão, e a do seringalista, o dono do seringal que ostentava uma vida de luxo e conforto, mesmo estando dentro da floresta.

O acesso para o Museu do Seringal é feito pela Marina do Davi, no final da Estrada da Ponta Negra. A travessia é feita pela Acamdaf (92) 3658-6159, que cobra R$ 14 por cada trecho. O espaço tem uma entrada de R$ 10.

Teatro Amazonas – FOTO: Michael Dantas