Foram notificados 892 casos em 2025 e 1.403 em 2024, em igual período

FOTO: Jaqueline Macedo/FVS-RCP

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), atualiza, nesta segunda-feira (28/07), o Informe Epidemiológico de Vírus Respiratórios no Amazonas, destacando a redução nos casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados a vírus respiratórios. O documento está disponível em https://www.fvs.am.gov.br.

No Amazonas, de 1º de janeiro a 26 de julho de 2025, foram registrados 2.852 casos notificados de SRAG. Desses, 892 foram associados a vírus respiratórios, representando uma redução de 36,4% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 1.403 casos.

No mesmo período, foram confirmados 47 óbitos por vírus respiratórios, uma redução de 26,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 64 óbitos registrados no mesmo período em 2024. Entre os 47 óbitos de 2025, 20 foram causados por Covid-19, 20 por influenza A, 4 por rinovírus, 2 por influenza B e 1 por parainfluenza.

Nas últimas três semanas (06/07 a 26/07), a faixa etária mais atingida foi a de menores de 1 ano (56%), seguida por crianças de 1 a 4 anos (20%) e de 60 anos ou mais (13%). As demais faixas etárias somaram: 5 a 9 anos (5%), 40 a 59 anos (4%) e 10 a 19 anos (2%).

Entre os vírus mais identificados em amostras encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), da FVS-RCP, nas últimas três semanas, estão: rinovírus (51%), Vírus Sincicial Respiratório (41,2%), coronavírus SARS-CoV-2 (12,3%), adenovírus (8,2%), influenza A (4,1%) e metapneumovírus (1,4%).

Rede de Assistência Estadual

De acordo com a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, a ação integrada entre vigilância e assistência vem contribuindo para o maior controle de SRAG no Estado. A rede estadual conta com 17 unidades de referência para atender a população, com equipes capacitadas para prestar total assistência.

São estratégias essenciais no controle de SRAG nas unidades de saúde a triagem de sintomáticos respiratórios, testagem rápida para diagnóstico de Covid-19, exames laboratoriais para identificação de outros vírus, exames de imagem e tratamento, conforme o quadro clínico do paciente.

Estratégias como o programa Alta Oportuna, implantado nos prontos-socorros infantis, são exemplos de ações que vêm contribuindo com o maior controle. A medida, que consiste em entregar aos pais o kit de medicamento e orientações para o tratamento em casa, após a alta hospitalar, não só vem ajudando a evitar que a criança retorne ao hospital, como também ajuda a desafogar a rede de urgência e emergência.

De acordo com a SES-AM, o atendimento inicial às síndromes gripais deve ser buscado nas Unidades Básicas de Saúde. Em casos mais graves, buscar atendimento hospitalar.

Medidas de prevenção

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim orienta que, para prevenir as síndromes respiratórias, é fundamental adotar medidas simples, como a higienização frequente das mãos, a prática da etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar) e evitar aglomerações.

É imprescindível que pessoas com sintomas respiratórios, profissionais de saúde, os que precisam entrar em contato com indivíduos sintomáticos e quem faz parte de grupo de risco, como idosos, quem tem comorbidades e indivíduos com doenças de imunossupressão usem máscara de proteção respiratória para evitar transmissão de vírus respiratórios.

É ainda essencial proteger crianças menores de seis meses de idade, evitando a exposição a ambientes de risco. A vacina contra Covid-19 e Influenza é distribuída para todo o Amazonas e é recomendada para o público elegível, sendo uma medida importante para a redução da transmissão e a prevenção de complicações graves das doenças.