No Dia do Agente Socioeducativo, Secretaria reforça a importância dos profissionais na transformação da vida desses jovens


Diariamente, 112 socioeducadores da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc-AM) atuam na garantia de segurança, disciplina e, principalmente, oportunidade aos adolescentes em conflito com a Lei. Neste sábado (04/10), Dia do Agente Socioeducativo, a pasta reforça a importância desses profissionais na construção de novos caminhos para jovens socioeducandos, auxiliando na reintegração social e na transformação de histórias.
A assistente social Vilza Carla é uma das socioeducadoras da secretaria e trabalha no Centro Socioeduvativo de Internação Feminina (CSIF), localizado na zona centro-oeste de Manaus. Ela atua há 10 anos no sistema socioeducativo do Amazonas.
“O papel do socioeducador é de suma importância, porque nós estamos na ponta com esses adolescentes. Acompanhamos esses jovens desde a sua entrada [no sistema] até o desligamento. Considero a nossa missão nobre e especial, pois, além de garantirmos a integridade física e segurança desses adolescentes, nós nos dispomos a cumprir um papel pedagógico dentro do socioeducativo”, ressaltou Vilza.


De acordo com a profissional, a socioeducação nada mais é do que a educação social de pessoas ainda em desenvolvimento, por isso a necessidade de um olhar diferenciado para a internação, a semiliberdade, a liberdade assistida, a reparação de danos ou advertência.
“Hoje, não são mais vistas apenas como punição, mas como uma oportunidade desses adolescentes em conflito com a Lei de transformar as suas vidas através da Educação. Quando isso acontece, é muito gratificante para todos nós”, completou a socioeducadora.


No Amazonas
Os 112 socioeducadores do Estado estão distribuídos entre cinco unidades que acolhem adolescentes em conflito com a Lei. São elas: Unidade de Internação Provisória (UIP) e centros socioeducativos Assistente Social Dagmar Feitoza, Senador Raimundo Parente e de Semiliberdade Masculino, além do próprio CSIF. Destes profissionais, 92 atuam em unidades masculinas e 20 no centro socioeducativo feminino.
Diretora do CSIF, Kelly Cristine trabalhou durante quatro anos como socioeducadora. “O papel do socioeducador dentro do sistema socioeducativo é muito importante, porque esses profissionais convivem mais com os adolescentes. Eles vão conhecendo, a fundo, a história desses jovens, o perfil deles e quais são as potencialidades que a gente pode estar trabalhando”, frisou.
Segundo a diretora, o socioeducador soma à equipe técnica para, juntos, traçarem oportunidades de ressignificação da vida dos adolescentes em conflito com a Lei. “Atuei 4 anos [como socioeducadora] e, ali, aprendi o que é a socioeducação e o que o sistema agrega, positivamente, na vida desses adolescentes. Hoje, não vemos mais a medida como punitiva, mas como oportunidade de transformar a vida desses jovens”.